O expurgo de grãos com gás fosfina é um dos métodos mais eficazes para controlar pragas em silos e armazéns graneleiros. A técnica, também chamada de fumigação, serve para eliminar insetos sem comprometer a qualidade do produto agrícola. No entanto, é preciso tomar cuidados para evitar acidentes.
Falamos isso porque a fosfina pode ser altamente tóxica à saúde humana. Portanto, o manejo desse material precisa obedecer a critérios rigorosos de boas práticas. Continue conosco para conhecer a forma segura de proteger sua safra.
O que é a fosfina?
A fosfina é um gás incolor, fedorento e com alto potencial inflamável. O simples contato com o ar, em temperatura ambiente, pode causar combustão espontânea. Essa característica dá origem a um fenômeno conhecido como fogo-fátuo. São labaredas azuladas que aparecem em cemitérios, pântanos e lagos.
As chamas já alimentaram muitos causos populares, de histórias de fantasmas à lenda indígena do Boitatá. Porém, a explicação científica é bem menos misteriosa. Ocorre que, na natureza, a fosfina provém da decomposição de cadáveres. Quando a substância entra em contato com o ambiente, ela pode causar explosões.
A reação natural de uma pessoa que esteja por perto, claro, é sair correndo. Só que o deslocamento de ar faz o fogo “persegui-la”. Aí, potencializa-se ainda mais a crença no sobrenatural.
Embora não seja possível ver o gás a olho nu, você consegue notar a presença dele pelo cheiro. O odor característico se assemelha ao de peixe podre – sim, bastante desagradável ao olfato. Contudo, não recomendamos que você faça o teste. Isso porque o nível de toxicidade é tão elevado que a inalação de fosfina pode levar ao óbito em poucos minutos.
Como o gás fosfina ajuda a combater pragas
Apesar dos perigos relacionados ao gás fosfina, esse composto químico costuma ser muito útil na produção agrícola. Ele está associado ao combate de insetos como traças e carunchos, que comprometem a estocagem de cereais.
Diversos estudos apontam a eficácia, a versatilidade e a facilidade de aplicação da fosfina, tanto na lavoura quanto na massa de grãos armazenados. Esse agente se mostra superior a outros métodos de controle de pragas, além de preservar a integridade do alimento.
Apenas para citar um exemplo, pesquisadores da Embrapa notaram que o fumigante não afetou a qualidade fisiológica e sanitária das sementes de soja analisadas. Em outras palavras, não houve contaminação. Os grãos permanecem próprios para o consumo mesmo depois do tratamento.
Quer mais uma prova de tamanha segurança? A fosfina está na Lista de Ingredientes Ativos de Uso Autorizado no Brasil. Esse rol leva em conta a avaliação toxicológica realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Após conduzir diversos testes, a Anvisa publica as monografias. Tratam-se de compilados com informações sobre o emprego adequado de defensivos agrícolas, domissanitários e preservantes de madeira, entre outros produtos.
A monografia relativa à fosfina recomenda o uso da substância para expurgo de soja, trigo, milho, arroz e outros grãos. O documento determina o limite máximo de resíduo de 0,1mg/kg, e também estipula um intervalo de segurança entre a aplicação do gás e a comercialização do produto estocado.
Esses critérios existem para minimizar riscos. Junto a eles, há outros manuais de boas práticas que devem ser seguidos, como vamos mostrar logo mais.
Recirculação de fosfina otimiza o expurgo de grãos
Se a fosfina é útil para matar insetos, mas danosa à saúde humana, como realizar o expurgo de grãos corretamente? Bem, tomando as devidas precauções.
A principal delas é o isolamento da área. Silos e armazéns não são hermeticamente fechados, isto é, possuem fissuras por onde o ar escapa. Caso o gás seja liberado num espaço desses, as chances de vazamento são grandes. Isso resulta em perigo de incêndio, ou mesmo no desperdício de material.
Sendo assim, é necessário usar lonas para forrar as paredes do local de armazenagem. Já os colaboradores responsáveis pela aplicação da fosfina devem vestir equipamentos de proteção individual (EPIs) como máscaras, luvas, óculos protetores e roupas especiais.
Durante a operação, é importante recorrer ao aparelho de medida. O dispositivo informa a quantidade exata de gás fosfina liberada no ambiente.
A eficácia do expurgo de grãos depende diretamente desse número. Quanto maior o perímetro a ser imunizado, mais fumigante será utilizado. Entretanto, deve-se respeitar o limite máximo residual estabelecido pela Anvisa (0,1mg/kg), uma vez que a superdosagem pode contaminar o alimento.
Ou seja: sem aparelho de medida, fica difícil saber quanta fosfina foi administrada. Logo, é impossível determinar o êxito do controle de pragas ou assegurar a qualidade da massa estocada. Por fim, vale lembrar que existem diferentes técnicas de fumigação. Atualmente, uma das melhores consiste na recirculação da fosfina.
Esse método usa mangueiras que espalham o gás uniformemente por toda a unidade de armazenamento. Dessa forma, pode-se atingir a totalidade dos grãos em poucos dias.
A principal vantagem da recirculação da fosfina é o menor tempo de exposição ao gás. Um procedimento que duraria 15 ou 20 dias da maneira tradicional pode ser concluído em uma semana. Com tanta celeridade, você fica livre para comercializar sua safra mais cedo.
Como realizar o expurgo de grãos com fosfina
Reiteramos que o expurgo com gás fosfina é o melhor jeito de eliminar pragas nos grãos de soja, milho e arroz, entre outras culturas. Porém, devido à periculosidade do produto, somente empresas licenciadas podem realizar o trabalho.
O órgão que autoriza e fiscaliza esse tipo de atividade no Rio Grande do Sul é a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (Fepam). Ao contratar o serviço de expurgo de grãos, verifique se a companhia possui a licença de operação em dia.
Observe, ainda, se a equipe realiza todos os procedimentos de segurança. Os cuidados envolvem o isolamento da área, o uso de equipamentos de proteção, a adoção de protocolos de emergência e o descarte adequado das embalagens.
Referência: https://curtlink.com/dOnSnU
Antinseto Controle de Pragas/Desinsetizadora em Londrina, Itajaí e Região
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